PIX, a revolução no mercado brasileiro de pagamentos

PIX

Por Eduardo Camasmie, diretor da iNSeRT Payments*

PIXEm um passado não tão distante, coisa de menos de 20 anos atrás, quem quisesse transferir dinheiro de uma conta para a outra tinha apenas duas opções: emitir um cheque ou realizar um DOC fisicamente, indo até a sede de uma agência. Porém, em 2002, vivemos o que costumo chamar de primeira revolução financeira. Naquele ano, o Banco Central lançou o novo Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e, entre as novidades, havia a inovadora Transferência Eletrônica Disponível (TED), apresentada ao mercado com um incrível slogan: “por meio dela é possível enviar dinheiro entre contas de Parintins (AM) e Santana do Livramento (RS) em um único dia”.

Desde então, a nossa vida financeira ficou mais fácil e, com o surgimento de novas tecnologias, outra grande transformação começamos a viver com o lançamento do PIX. À época apresentado como o ‘sistema financeiro do futuro’, trata-se de uma ferramenta que já trouxe impactos para absolutamente todos os elos que compõe o ecossistema de transferência de pagamentos, de bancos a bandeiras de cartão, adquirentes, fintechs, estabelecimentos comerciais, e, claro, o público final. Hoje em dia, definitivamente, transferir dinheiro já é tão simples como mandar uma mensagem pelo celular. Por conta dessas facilidades, já caiu no gosto da população brasileira. De acordo com o BC:

  • A modalidade movimentou R$ 150,3 bilhões em 2020, em cerca de 176 milhões de transações.
  • No fim de janeiro, o PIX já havia ultrapassado a quantidade de transferências TED e DOC somadas no país.

Mas o que vem por aí? O que a tecnologia ainda tem para oferecer e melhorar a nossa experiência como usuário? E para as empresas? Compilei abaixo algumas novidades anunciadas recentemente e que têm igual potencial de agitar o mercado:

Com o objetivo de ampliar os canais de saques, restritos até então a agências e terminais de autoatendimento, uma novidade que deve surgir em breve é a possibilidade sacar dinheiro em estabelecimentos comerciais, mediante a realização de uma transferência PIX no caixa da loja. E, falando em varejo, também vejo em breve um melhor aproveitamento dessa modalidade de pagamento pelo setor, com um custo menor ao lojista e valor percebido equivalente ao usuário a partir de alterações nas taxas das maquininhas e bandeiras. Outra inovação próxima de ser disponibilizada é a transação por meio da tecnologia de aproximação (NFC).

Mesmo com a aceitação em massa e constante, o meio de pagamento eletrônico também foi alvo de algumas críticas. Uma delas, porém, deve ter a sua questão resolvida ainda neste ano: o mecanismo de devolução de recursos deverá ser aprimorado, agilizando os processos de análise dos casos de suspeita de fraude ou de falha operacional, bem como a devolutiva dos valores por parte da instituição recebedora. Por fim, ainda valem citar a conta salário que poderá ser movimentada por meio da tecnologia e a integração de contatos com a agenda do usuário, onde será possível visualizar todos contatos presentes na memória do smartphone que têm chave cadastrada.

Cabe a ressalva de que o PIX recém completou 3 meses de uso e, como tudo que é novo, quem se adaptar rapidamente terá maior probabilidade de conseguir capturar as oportunidades que surgirão. Nesse caso, saem na frente empresas que contam com robustas infraestruturas de monitoramento de negócios, capazes de apresentar informações importantes, como número de transações aprovadas ou não, locais, horários, por bandeira etc. que ajudam a agilizar as tomadas de decisão. Sabemos que há um alto custo por trás desse tipo de ambiente, com equipamentos e licenças, profissionais capacitados e suporte técnico.

Então, diante desse cenário, a recomendação é buscar uma parceria estratégia com empresas que forneçam esse tipo de serviço. Num centro de monitoramento especializado, por exemplo, cada etapa de um processo, inclusive o tipo de transação, é monitorada em tempo real, trazendo uma infinidade de possibilidades para os líderes. E ao compreender o seu próprio negócio, ainda mais com uma novidade revolucionária no mercado como o PIX, certamente você terá mais facilidade, agilidade e assertividade para garantir o crescimento sustentável de sua empresa.

*a iNSeRT Payments é a unidade de negócios do Grupo New Space especializada em soluções e serviços para o mercado de meios de pagamento.