Levantamento realizado pelo Grupo New Space, um dos líderes na oferta de soluções com tecnologia aplicada para os mais diversos segmentos de negócio, com base em 22 mil solicitações para contratação de crédito consignado realizadas em apenas um mês pelas maiores instituições financeiras do País, mostra que 5% das demandas foram barradas por tentativas de fraude, graças ao trabalho realizado pela unidade de análise documental da companhia.
“Trata-se de um volume expressivo, pois, levando em consideração por exemplo o ticket médio do SIAPE (Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos), de servidores públicos federais, que gira em torno de R＄ 15 mil, estamos falando em uma perda por fraude evitada de mais de R＄ 15 milhões em apenas um mês”, explica Antonio Glup, head de análise documental do Grupo New Space. Segundo o executivo, a instituição financeira ou os correspondentes/agentes bancários fazem o upload das propostas e dos documentos no sistema da companhia, que fica encarregada da formalização, checagem, processamento e liberação se tudo estiver conforme as regras de negócio pré-estabelecidas.
O estudo também mostra que a maioria das ocorrências (53%) está relacionada a dados não confirmados, ou seja, são documentos em que não existem conformidades ao serem comparados em birôs e outras fontes pelos peritos, evidenciando que houve uma adulteração. Na sequência, aparecem as rasuras com 19%, em que o fraudador acaba deixando marcas evidentes. “São montagens mesmo, em que, na maioria das vezes, o criminoso usa o seu próprio RG como modelo, mas coloca o CPF de um terceiro, enxertando dados e informações.” complementa Glup.
A terceira está relacionada à perfuração de RG. Apenas alguns estados apresentam essa característica e o levantamento apontou cerca de 13% desse tipo de tentativa de fraude em que os peritos identificaram ausência e/ou perfuração fora do padrão. E, em quase 100% dos casos, se há fraude na perfuração, há também na foto, que é o quarto colocado na lista, com 5%.
Por fim, ainda vale destacar outros dados do levantamento: 72% das checagens documentais não apontaram problemas e outras 23% foram classificadas como indeterminado, pois o documento não estava legível, continha borrões, estava cortado, enviaram imagem de apenas uma parte do documento, entre outros problemas.
